quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A Liga 17/08/2010 - Preconceito

Inacreditável!

Depois da aula de segunda, onde entre diversos outros temas abordamos a questão do preconceito e de como ele se faz presente em nossas vidas, mesmo quando tentamos alegar que não, o meu programa favorito de TV tem como tema adivinhem qual? Preconceito. Coincidência melhor não poderia haver.
Assistam sempre, com certeza acrescentará muito ao conhecimento e experiência de todos. Todas as terças, as 22hs, na Band.














terça-feira, 24 de agosto de 2010

Gênero: feminino - Classe social: baixa

    Ontem trabalhamos em aula com um texto que mexeu com cada centímetro de meu corpo e minha consciência. Afinal, quando falamos de amor e de paixão, de convívio familiar, de relações de gênero, tudo é muito subjetivo e emocional. É tão difícil me imaginar lidando profissionalmente com todas estas questões... É como se na hora da atuação profissional, quando eu me deparasse com uma criança violentada sexualmente ou com uma mulher que acabou de ser agredida, minha reação fosse a de entrar em desespero, começar a chorar aos prantos e ir correndo me refugiar no banheiro, mais ou menos como fiz em aula. Tudo bem, sei que é um "baita fiasco", mas como não se emocionar com certas falas, certas realidades, certas situações? Com certeza o tempo, o conhecimento e a práxis profissional vão me dar embasamento para lidar com estas situações mas, para não me emocionar só se eu fosse um robô ou uma psicótica insensível. Complicado.
    Emociona a trajetória de vida dessas mulheres. Desde criança, nunca tiveram tempo para aproveitar a vida, brincar, estudar; sempre tinham que trabalhar e auxiliar nos afazeres domésticos. As poucas que tiveram contato com os pais relatam "a ausência de diálogo, a rudeza de olhares e gestos, acompanhada por xingamentos e agressões físicas". Muitas vezes esses homens pela imposição de serem os "chefes de família" e não conseguindo atender a esta condição, encontram nas bebidas alcoólicas o alívio temporário para suas frustrações.
    Em meio a diversas necessidades financeiras, muitas vezes carência de elementos básicos para a sobrevivência, muitas destas meninas acabam indo morar em casas de outras famílias, onde trabalham cuidando das crianças pequenas e da casa em troca da moradia e da alimentação (ou seja, se tornam como que escravas, trabalhando sem receber salário e muitas vezes sem liberdade para deixarem o "emprego"). Obviamente, não recebem o amor e o carinho que teriam em sua própria família; acabam sendo jogadas de um lado para outro.
   Neste contexto, "o casamento é idealizado como via de libertação, por meio do qual cuidarão da sua casa, do seu homem e dos seus filhos, e não da casa ou filhos de outros. O homem, portanto, torna-se fonte de segurança, suporte, prêmio, recompensa, esperança de melhoria de vida." No entanto, esta melhoria dificilmente se efetiva, pois na maioria dos casos a violência continua, e a mulher continua sendo submetida e dominada pela figura masculina (passando inclusive a sofrer violência física e/ou psicológica constante).
   Nos casamentos entre a população de baixa renda, a principal motivação não é romântica e o enlace não envolve sentimentos amorosos; "o bom marido é aquele que, com seu trabalho, coloca comida em casa e sacia a fome da família". Devido a sua baixa escolaridade, a maioria destas mulheres dificilmente consegue um emprego com carteira assinada; geralmente são empregos temporários, terceirizados, informais, com baixa renumeração. Por esta situação de dependência financeira, elas dificilmente largam do marido.
   Mesmo nas situações em que o marido não trabalha, e gasta o dinheiro recebido por ela em bebidas, drogas e jogos de azar, a mulher não pede a separação. Isto se deve também ao fator cultural, pois sem a figura do homem, "chefe do lar", a mulher sente-se desprotegida e vulnerável, podendo ser desrespeitada, desvalorizada, especialmente quando ela não tem outros vínculos familiares a não ser o marido e os filhos.
   Em meio a esta realidade, onde dias e anos passam sem trazer sinal de mudança ou libertação, essas mulheres acabam depositando toda a esperança que possuem em seus filhos. Amor, carinho e afeto, que são sentimentos que lhes foram negados durante toda a sua vida, encontram expressão através da maternidade; sendo "os laços que os unem [...] fortalecidos pela fome, pela violência e pelas carências".
   Após lermos relatos desta natureza, segue o questionamento: o que fazer diante desta realidade? Sinceramente, não sei, pois a vivencio dia após dia sem vislumbrar esperança de superação.

O texto utilizado em aula é o de autoria de Márcia Santa Tavares: "Com açúcar e sem afeto: a trajetória de vida amorosa de mulheres das classes populares em Aracaju/SE", publicado na revista Serviço Social & Sociedade n°101, de janeiro/março de 2010.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

A Ética Revolucionária

    Trecho do livro "Ética e Serviço Social - Fundamentos Ontológicos", da autora Maria Lúcia Silva Barroco:
“Quando a ética não exerce essa função crítica pode contribuir, de modo peculiar, para a reprodução de componentes alienantes; pode colocar-se como espaço de prescrições morais; favorecer a ideologia dominante; obscurecer os nexos e as contradições da realidade; fortalecer o dogmatismo e a dominação; remeter os valores para uma origem transcendente à historia; fundamentar projetos conservadores; operar de modo a não superar a imediaticidade dos fatos; ultrapassá-los mas não apreender a totalidade, contribuindo para que os homens não se auto-conheçam como sujeitos éticos.”
    O que a autora nos traz no texto acima é muito interessante e básico nas aulas de Ética. Pois, como traz a autora, vivemos em uma sociedade onde a alienação (entendida como a ausência de consciência da realidade e a utilização de diferentes argumentações como forma de acomodação à realidade - que acontece muitas vezes sem que os indivíduos percebam esta prática) é generalizada e está presente em todas as esferas, inclusive na moral.
    Neste momento entra a ética, como o ramo da filosofia que tem por objetivo analisar, justificar e também criticar os valores de cada sociedade. Mas é importante que não nos satisfaçamos apenas com o campo conceitual e teórico; pois pensar sobre ética ou sobre o que é ou não ético não basta para sermos profissionais comprometidos com o projeto ético-político de nossa categoria. É necessário aplicar este conhecimento para o cotidiano, mesmo para aquelas nossas ações parecem ser as mais banais, pois se pararmos para refletir é justamente nas ditas "banalidades" do cotidiano que a transformação é objetivada.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Ética e Serviço Social - Fundamentos Ontológicos II

     Hoje em aula trabalhamos com a continuação do texto trabalhado semana passada, "Ética e Serviço Social - Fundamentos Ontológicos", da autora Maria Lúcia Silva Barroco, pg 23-70.
     Seguimos abordando algumas características da moral; sua necessidade como "fruto de processo de desenvolvimento da sociabilidade, seu espaço e o da cultura". "A (re) produção da vida social coloca a necessidade de interação entre os homens, modos de ser constitutivos da cultura, produtos do trabalho, tais como a linguagem, os costumes, os hábitos, as atividades simbólicas, religiosas, artísticas e políticas." Entre estes produtos também encontra-se a moral.
     "O campo da moral é um espaço de criação e realização de normas e deveres, de atitudes, desejos e sentimentos de valor. Na vida cotidiana, julgamos as ações práticas como corretas ou incorretas; fazemos juízos de valor sobre nosso comportamento e o dos outros; nos deparamos com situações em que ficamos em duvida sobre a melhor escolha; projetamos nossa vida a partir de valores que julgamos positivos e negamos as ações que se orientam por valores que consideramos negativos."
      No entanto estes valores, apesar de serem profundamente sedimentados e constantemente reproduzidos, também aceitam "transgressões e negações que só podem ocorrer diante da possibilidade de escolha instituída através da consciência critica e da criação de códigos morais alternativos."
     Sendo na minha opinião esta a característica básica do Serviço Social, atuando na realidade através da questionação dos valores aceitos pela sociedade e na elaboração de novos valores e costumes que possam ser melhores para todos.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Ética e Serviço Social - Fundamentos Ontológicos

    Na nossa última aula trabalhamos com alguns conceitos extraídos do livro que entitula esta postagem, "Ética e Serviço Social - Fundamentos Ontológicos", da autora Maria Lúcia Silva Barroco. Trago abaixo alguns trechos do livro juntamente com conceitos trabalhados em aula.
      Para a corrente teórica marxista utilizada pela autora, há uma relação ontológica entre trabalho e ética, ou seja, para que a ética exista é necessário que primeiramente o homem possa atingir sua plenitude de desenvolvimento (ou "riqueza humana", segundo trecho da obra de Marx utilizado pela autora na página 33) através do trabalho, sendo este desenvolvimento entendido como "a explicitação absoluta de suas faculdades criativas", sendo expresso através "dos carecimentos, das capacidades, das fruições, das forças produtivas, etc."
     Esta relação entre ética, trabalho e também liberdade, que segundo a autora se origina do trabalho, está presente durante todo o texto e na compreensão que a autora tem dos conceitos de ética e moral: “...a gênese da ação ética é dada pela liberdade, compreendida ontologicamente como uma capacidade humana inerente ao trabalho, tomado como práxis... o trabalho põe em movimento as capacidades essenciais do gênero: a sociabilidade, a consciência, a universalidade e a liberdade."
      Para a realização do trabalho, é necessário o conhecimento e determinado nível de consciência coletiva; a mediação entre este nível mais abstrato e a prática é a chamada práxis, que pode ser definida também como um trabalho tendo determinada finalidade, ou seja, um fazer planejado que produz transformação. Segundo a autora, "no processo de objetivação dessa práxis, ocorre, também, uma valoração da natureza, do sujeito, do produto de seu trabalho; isto cria alternativas e possibilita escolhas entre elas. As escolhas e alternativas propiciam novas perguntas e respostas que configuram as varias formas de expressão da cultura... O desenvolvimento da sociabilidade instituiu novas necessidades, dentre elas a moral...”
     Segudno Velazques (citação trazida pela professora em aula), “a moral é um sistema de normas, princípios e valores, segundo o qual são regulamentadas as relações mutuas entre os indivíduos ou entre estes e a comunidade. Estas normas, de caráter histórico e social, devem ser acatadas livre e conscientemente, por uma convicção intima e não de maneira mecânica e impessoal”. Ou seja, é uma imposição da sociedade sobre os indivíduos, sendo que estes não tem consciência desta imposição pois tratam-se de valores profundamente introjetados por eles.
    Estes valores variam conforme o grupo social e o período histórico do qual estamos falando: "Não são apenas os costumes que variam, mas também os valores que os acompanham, as próprias normas concretas, os próprios ideais, a própria sabedoria, de um povo a outro. Não seria exagerado dizer que o esforço de teorização no campo da ética se debate com o problemas da variação de costumes... uma boa teoria ética deveria atender a pretencao de universalidade, ainda que simultaneamente capaz de explicar as variações de comportamento, características das diferentes formações culturais e históricas."
    A ética vai além da moral, analisando-a, pois "a ética... como uma reflexão histórica, critica, radical de totalidade, que tem por natureza apreender o significado e os fundamentos da moral (enquanto dimensão da vida social regida por normas, deveres, princípios e valores referidos ao que socialmente é considerado bom ou mau), indagando sobre a relação entre moral e liberdade, valor ético fundamental...”

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Sobre Tecnologias e Rebeldias

     Peço licença para utilizar este blog como um divulgador da minha opinião. Afinal, o que o curso de Serviço Social propõe é que sejamos críticos, então eu acredito que o primeiro alvo de nossa crítica deveria ser o processo de formação profissional, além é claro das nossas práticas enquanto cidadãos, ou seja, aquilo que realizamos dentro de nossa esfera particular, e que mesmo sendo escolha individual tem uma dimensão social e política, pois os efeitos e consequencias de nossas atitudes influenciam a todos os demais, direta ou indiretamente.
       Ao divulgar a ideia do blog em aula, vi que não foi aceita, e que valerá nota apenas se eu entregar a via impressa de tudo o que escrever aqui. Isto me deixa um tanto desapontada, pois um dos meus maiores objetivos ao produzir material didático virtual (e, no caso do blog, on-line), seria o de preservar o meio ambiente, evitando a utilização de papel. Tudo bem, sei que são apenas algumas páginas, mas se todos pensassem assim isto poderia ser um começo, não? Aliás, muitos cursos da UCS não utilizam mais a entrega de trabalhos impressos, mas todos através do Webfólio do Ucs Virtual. Sem contar a utilidade de um blog, né: enquanto um caderno ficará guardado no fundo de alguma gaveta na confusão do meu quarto, um blog poderá ser utilizado por qualquer um que pesquise sobre o assunto na internet, aprimorando, questionando, ou até contrariando o conteúdo aqui postado. Além disso, poderei acessar as postagens em qualquer lugar do mundo a qualquer hora - ao contrário do caderninho, que teria chances enormes de sumir e nunca mais ser encontrado.
       Uma das maiores queixas que eu tenho do curso de Seviço Social tem a ver com este post. Não consigo entender porque há tamanha resistência por parte de professores e acadêmicos no uso de ferramentas virtuais (como o UcsVirtual, por exemplo). Sei que talvez a realidade de muitos impossibilite o acesso contínuo à internet (como por sinal é o meu caso também, que agora por exemplo estou no laboratório da Bice digitando este texto). Mas sei lá, pra mim este desconhecimento e opção pela ignorância (por favor, não me interprete mal ao ler esta palavra, estou me referindo à escolha em não conhecer) de certas ferramentas que poderiam ser tão úteis e tão produtivas se bem utilizadas me causa certo descontentamento e, porque não, até certa revolta.
        Pois é como se o mundo fosse continuar o mesmo, e é como se fosse possível permanecer alheio a todas as transformações que estão em curso em nossa sociedade pós-moderna. Esses tempos tivemos uma palestra M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A sobre nanotecnologia, com uma doutora especialista no assunto, trazendo novidades e relatos dos avanços e das pesquisas que estão ocorrendo, e que podem ser encontradas na sua grande maioria apenas em artigos científicos, sendo que a maioria deles são em inglês (isto quando as pesquisas são publicadas, pois os interesses do grande capital estão em jogo e não convém que muitos saibam dos perigos desta nova tecnologia). E qual foi a reação que vi nos meus colegas de curso? Desinteresse e apatia.
    Isto sinceramente me deixou abalada. Pode parecer exagero de minha parte, mas não o é. A nanotecnologia é a próxima revolução na história da humanidade, com potenciais transformadores tão imensos que ainda não podem ser plenamente mensurados; seus perigos são, de igual forma, incalculáveis e totalmente desconhecidos. E quem investe neste sentido? Quem são os pesquisadores? Químicos, biólogos, engenheiros, farmacêuticos. Onde estão os sociólogos, os assistentes sociais, pesquisando os efeitos de tudo isso sobre a sociedade e especialmente sobre a classe trabalhadora, defendendo o direito à informação e ao acesso as tecnologias, a igualdade e a criação de uma nova realidade justa e humanitária? Se a base da ética, como foi falado durante a aula, é o trabalho, o que pode acontecer quando ele se tornar completamente desnecessário? E esta é uma realidade não muito longe de ser alcançada, mesmo com a ausência da nanotecnologia.
       Enfim, este é um desabafo de uma estudante apaixonada por novas tecnologias, que as vezes se cansa de um curso que se esmera no estudo de seu passado, mas que frequentemente esquece de olhar para o futuro. Ou eu estou completamente equivocada e até me formar irei superar tudo isso. Se for este o caso, peço encarecidamente desculpas por tudo o que escrevi.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Brasileiros no Exterior - A xenofobia mais presente do que nunca

    Quando falamos sobre xenofobia e de preconceito racial e étnico, logo temos duas principais lembranças em nossas mentes: o preconceito dirigido aos negros e aos judeus. Ambas são consideratas na atualidade  expressões de ingnorância e atraso, pois está cientificamente provado que todos aqueles que pertencem à espécie humana estão em situação de igualdade. Mas será que na pós-modernidade esta é uma concepção de todos?
    Por mais absurdo que possa parecer, a resposta é não. E, mais absurdo ainda, são justamente as regiões do mundo mais desenvolvidas tecnologica e financeiramente que estão revivendo e recriando a xenofobia: Europa e Estados Unidos.
    Os ataques de 11 de setembro (que já foram alvos de diversos documentários, sendo o mais instigante de todos na minha opinião aquele elaborado pelo Michael Moore, Farenheit 11/9), abriram espaço para uma "guerra ao terrorismo" que não tem outra justificativa senão a obtenção de petróleo e a limpeza étnica destas regiões descritas anteriormente. Sim, porque para analisarmos esta situação, como qualquer outra, é preciso irmos além do que está dado, muito além das aparências.
     Iniciamos nossa análise através do método dialético: estamos em uma sociedade de classes antagônicas onde os meios de produção pertencem a uma elite e a grande maioria da população é explorada através da venda de sua capacidade de trabalho. Com o desenvolvimento e evolução do capital, estamos em sua fase monopolista, onde esta exploração não se dá apenas no plano individual, mas também entre os países. Os recursos naturais e serviços utilizados pela Europa e Estados Unidos, na verdade são providos pela periferia do mundo.
    Bom, dado isto, muitas pessoas destes países explorados que estão na periferia do mundo, tentam construir suas vidas em um destes países centrais, em busca de salários melhores e igualmente melhores condições de vida. Só que o que estes países querem são mercadorias, recursos naturais, energia, água; pessoas não são bem-vindas.
     É muito absurdo pensar em tudo isso, é indignante ver que quem decide morar nestes locais sempre será considerado e tratado como um ser inferior, incapaz, sendo muitas vezes mal atendido nos lugares, ridicularizado pela sua condição de estrangeiro, e até agredido pela polícia, como é o caso da reportagem entregue ao nosso grupo pela professora Bete na última aula. Isto quando não é simplesmente impedido de entrar no país, sendo imediatamente deportado ao país de origem.
    Tenho a história de uma amiga minha, que morou um ano nos Estados Unidos e hoje está aqui no Brasil. Ao dirigir em baixa velocidade seu veículo, percebeu que estava sendo seguida por um carro da polícia. Sem haver feito nada de errado e sem conseguir entender o que o alto-falante do carro dizia, seguiu dirigindo, tranquilamente. "Pull over!", exclamavam os policiais.
     Sem entender o que uma blusa teria a ver com a situação, decidiu parar o carro para ver se alguma coisa tinha a ver com ela. Foi então que foi duramente abordada por policiais, que a humilharam e ridicularizaram por não ter compreendido a ordem de parar dada por eles. Com lágrimas, pelo rosto e tremores de nervosismo pelo corpo todo, procurou sua documentação e descobriu que necessitava de uma carteira internacional de habilitação para dirigir, sendo que ela só tinha a carteira brasileira. Depois de prestar depoimento na delegacia, onde mais uma vez recebeu o mesmo tratamento da primeira abordagem, retornou para casa mediante a promessa de colocar toda a sua documentação em dia. Caso lamentável de grosseria e incômodo desnecessários.
    Quem sabe nos próximos anos, com a Copa do Mundo em 2014 e com as Olimpíadas no Rio em 2016, possamos dar uma lição de hospitalidade e humildade diante do mundo. Vai que eles aprendam alguma coisa...

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Moral X Ética

    Iniciamos a aula de hoje com um questionamento que para mim é para lá de conhecido: a diferença entre moral e ética. Pra mim, após ter cursado a disciplina de Epistemologia nas férias de verão de 2009, depois no segundo semestre daquele ano a disciplina de Ética com o professor Vanderlei Carbonara (ótimo professor, por sinal), e desde então sendo sua monitora da modalidade semi-presencial desta mesma disciplina (ou seja, estou revendo ela pela quarta vez e verei mais uma até o fim do semestre), foi fácil escrever uma definição para estes dois temas:
Diferença entre moral e ética:
MORAL: Costumes de determinada cultura; norma aceita pela sociedade ou pela instituição como ideal ou padrão.
ÉTICA: Reflexão a respeito da moral e dos costumes, dos códigos de conduta e da cultura. Não mostra um caminho único e definitivo, mas trabalha com questionamentos e com a base lógica para a tomada de decisões responsáveis e consequentes.
    Acredito que com o passar da disciplina, aprenderei muito, pois é incrível o que acontece com o conhecimento: quanto mais lemos, estudamos, ou ouvimos sobre um assunto, mais temos a convicção de que o conhecimento que temos é insuficiente e falho, mais necessidade temos de pesquisar, e mais questionamentos surgem em nossa mente. Principalmente quando falamos de algo tão complexo e muitas vezes ignorado quando a ética em nossa sociedade atual!
    Além desta primeira conceituação, trabalhamos em sala de aula com algumas reportagens, com temáticas atuais e de imensa importância para todo cidadão e mais ainda para quem faz parte de uma categoria como a nossa, que intervêm na realidade e tem portando a obrigação de conhecê-la..

A Etimologia da Palavra "Ética"

    Na aula de hoje foi solicitado que escolhessemos uma forma de publicação do porfólio, e que este fosse personalizado, ou seja, que poderíamos fazê-lo da forma que considerássemos melhor, e que ele fosse a síntese da nossa relação com o conteúdo que será abordado na disciplina, ou da compreensão de ética e de valores éticos que nós temos.
   A primeira vista, a imagem do interior de uma casa que serve como fundo deste blog  pouco tem a ver com o que trabalharemos ou com conteúdo da ética. Nada poderia ser mais falso. Basta dar uma olhadinha na história e compreender a etimologia da palavra "ética".
    Até o século VI a.C., a palavra "ethos" em grego significava morada do humano, no sentido de caráter ou modo de vida habitual, ou seja, o nosso lugar. Ethos é aquilo que nos abriga, aquilo que nos dá identidade, aquilo que nos torna o que somos. Porque a sua casa é o modo como você é, onde está a sua marca.
    Portanto, para indicar e reafirmar que neste blog estarão os meus sentimentos, minhas impressões, meus aprendizados e críticas em relação a esta disciplina e ao conteúdo de Ética aplicado à profissão que escolhi, nada mais próprio do que a imagem do interior de uma casa. Afinal, nestas páginas virtuais estará um pouco do meu próprio interior.

P.S.: Peço desculpas à professora, mas na versão impressa não é possível manter a imagem de fundo do blog. Para visualizá-la é necessário acessar o blog: eticaprofissionalemss.blogspot.com Obrigada!
     
    As informações para esta postagem foram extraídas do site: http://www.apropucsp.org.br/revista/r27_r15.htm

Pensando o Cotidiano e a Prática Profissional

    A cada dia surgem em nossas vidas problemas, confusões, situações nas quais não temos ideia de como lidar com elas ou do que fazer. Não é diferente quando falamos da atuação profissional, principalmente tratando-se de uma categoria contraditória e desafiadora como o Serviço Social. Há o risco de nos concentrarmos tanto nas práticas burocráticas a ponto de esquecermos o ser humano e a dor que ele expressa quando nos procura.
   Com o objetivo de amadurecer o senso crítico, e o comprometimento com a qualidade do atendimento prestado ao usuário das políticas sociais que eu, Letícia Valandro, inicio este blog, como um dos requisitos da disciplina "Ética Profissional em Serviço Social" do curso de graduação em Serviço Social da Universidade de Caxias do Sul (UCS), ministrada pela professora Elisabete Bertele no segundo semestre de 2010.
    Gostaria de poder contar com a ajuda de todos vocês leitores, postando comentários, observações, críticas, sugestões, e também divulgando este endereço.
     E juntos seguiremos na luta pela construção de um mundo melhor para todos, e de um fazer profissional comprometido com seus valores e princípios!