segunda-feira, 23 de agosto de 2010

A Ética Revolucionária

    Trecho do livro "Ética e Serviço Social - Fundamentos Ontológicos", da autora Maria Lúcia Silva Barroco:
“Quando a ética não exerce essa função crítica pode contribuir, de modo peculiar, para a reprodução de componentes alienantes; pode colocar-se como espaço de prescrições morais; favorecer a ideologia dominante; obscurecer os nexos e as contradições da realidade; fortalecer o dogmatismo e a dominação; remeter os valores para uma origem transcendente à historia; fundamentar projetos conservadores; operar de modo a não superar a imediaticidade dos fatos; ultrapassá-los mas não apreender a totalidade, contribuindo para que os homens não se auto-conheçam como sujeitos éticos.”
    O que a autora nos traz no texto acima é muito interessante e básico nas aulas de Ética. Pois, como traz a autora, vivemos em uma sociedade onde a alienação (entendida como a ausência de consciência da realidade e a utilização de diferentes argumentações como forma de acomodação à realidade - que acontece muitas vezes sem que os indivíduos percebam esta prática) é generalizada e está presente em todas as esferas, inclusive na moral.
    Neste momento entra a ética, como o ramo da filosofia que tem por objetivo analisar, justificar e também criticar os valores de cada sociedade. Mas é importante que não nos satisfaçamos apenas com o campo conceitual e teórico; pois pensar sobre ética ou sobre o que é ou não ético não basta para sermos profissionais comprometidos com o projeto ético-político de nossa categoria. É necessário aplicar este conhecimento para o cotidiano, mesmo para aquelas nossas ações parecem ser as mais banais, pois se pararmos para refletir é justamente nas ditas "banalidades" do cotidiano que a transformação é objetivada.

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